O que é Educação Respeitosa e como ela pode ajudar no crescimento e desenvolvimento das crianças?

O que é Educação Respeitosa e como ela pode ajudar no crescimento e desenvolvimento das crianças?

  • Colégio Objetivo Nova Odessa
  • 25.AGOSTO.2022
  • Educação Infantil

Apesar do conceito de Educação Respeitosa existir há quase 100 anos (ou talvez até mais), muitas pessoas nunca ouviram falar ou tem uma imagem distorcida do que a educação respeitosa representa.

Educar respeitosamente significa, de fato, respeitar a criança e tratá-la com a mesma importância e consideração eu gostaria de ser tratado/a. Dentro da educação respeitosa existem várias ramificações, como criação consciente, criação com apego, educação não violenta - sendo que nenhuma exclui a outra, mas todas se complementam.

A educação respeitosa se resume em três conceitos: conexão, comunicação e cooperação.

Estes três elementos, interligados com compreensão, respeito e amor, criam um lar pacífico e feliz. O primeiro desafio para alguém que nunca tenha ouvido falar em criação respeitosa ou nunca tenha educado seus filhos nesta filosofia, é que isso não funciona. Afinal "criança tem que obedecer" - "criança não tem que querer" - "se deixar, criança sobe em cima da gente" - "uma palmada nunca matou ninguém" - "meu filho só funcionava na base da ameaça". Contudo, estas concepções são distorcidas e muitas vezes resultam de uma herança cultural e familiar - a forma como fomos criados se torna a forma como criamos os nossos filhos.

O interessante é que pesquisadoras da área da psicologia e neurociência comprovam, há anos, que a educação respeitosa é a mais compatível com o desenvolvimento natural das crianças. E nem precisamos pesquisar tanto assim para concordar que ninguém gosta de ser obrigado a nada, ou de apanhar, ou de ser gritado, humilhado, chantageado ou castigado. Se coloque no lugar da sua criança: como VOCÊ reagiria se alguém te maltratasse? A formidável Dra. Jane Nelsen diz em seu livro "Disciplina Positiva": "De onde tiramos a absurda ideia de que, para levar uma criança a agir melhor, precisamos antes fazê-la se sentir pior?".

Disciplina Positiva é um termo que vem surgindo de forma mais presente no mundo educação, contudo há muitas dúvidas sobre o que de fato é disciplinar positivamente. Através da cooperação entre o adulto e a criança, proporcionamos um ambiente inclusivo e acolhedor, o adulto e a criança chegam a um denominador em comum através da comunicação. Isto não significa que os adultos deixam as crianças escolherem tudo sozinhas. Afinal há tarefas a serem cumpridas, limites a serem seguidos e combinados a serem respeitados.

Este é exatamente o papel do adulto: manter a ordem e a organização no ambiente familiar. O adulto ainda é o condutor, mas faz isso conquistando a cooperação das crianças.

O resultado ideal é a criança se sentir pertencente e significativa, seja qual for a situação.

 

Confira 4 ações que podem deixar sua relação com as crianças ainda mais leve e respeitosa

1.Reconheça seus limites

Antes de olhar para a criança, é preciso olhar para si mesmo. Saber acolher os próprios sentimentos é tão importante quanto acolher o seu filho.

 Mães e pais são seres humanos e saber lidar com o sentimento de culpa e frustração, que invariavelmente vai aparecer em algum momento, é fundamental para criar uma relação respeitosa consigo mesmo e com o outro.

2. Acolha suas vulnerabilidades

O sentimento da falha é outro que é bastante experimentado por mães e pais na missão de educar, seja por algo que não conseguiram suprir, por algum episódio de descontrole ou após algum episódio de mau comportamento dos filhos.

3. Esqueça as ideias ultrapassadas

 

Criar um vínculo seguro com os filhos deveria ser algo natural e sem dificuldades, mas, infelizmente, essa construção é bastante dificultada por fatores culturais externos como, por exemplo, a ideia bastante disseminada de que “colo demais estraga e deixa mimado”, ou mesmo pela necessidade de voltar ao trabalho o mais rápido possível.

 

4. Duvidar de si mesmo faz parte do processo

Duvidar de si mesmo, das próprias atitudes é comum a todos os pais e mães que tentam fazer algo diferente, seja porque as recomendações nos cuidados com as crianças evoluíram, seja porque não experimentaram uma relação afetuosa na própria infância. As dificuldades em quebrar um ciclo e criar um outro mais saudável com os próprios filhos fazem parte do processo, principalmente se você convive com familiares que têm opiniões divergentes e que acham que o ato de educar está ligado à coerção e ao medo.

Fonte: Edujuntos e Incrível Club

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